Bancos e poderes se reúnem para debater ataques às agências bancárias no RN

Audiência Pública sobre a situação das Agências Bancárias destruídas no RN (Foto: Eduardo Maia/AL)

A Assembleia Legislativa sediou, nesta sexta-feira (12), debate sobre a situação das agências bancárias Estado destruídas por conta da criminalidade. A audiência pública foi promovida pelo deputado Hermano Morais (PMDB) e reuniu representantes de agências bancárias, dos Correios, autoridades da segurança pública e lideranças de vários municípios. Este ano, já foram 36 ataques às agências bancárias e carros-fortes, de 27 cidades. Se for considerado os ataques às agências dos Correios, esse número aumenta para 54 ataques em 38 cidades.

“Além do clima de insegurança instalado por essas ações, a demora no restabelecimento dos serviços bancários causa prejuízos para os cidadãos, que precisam se deslocar para municípios vizinhos com a finalidade de resolver suas demandas bancárias e, por consequência, acaba aplicando seus recursos nestas outras cidades”, justifica Hermano Morais.

O primeiro representante das instituições financeiras alvo das ações dos bandidos a se pronunciar foi o diretor geral dos Correios, Rodrigo do Patrocínio Medeiros. “Temos 182 agências no RN, dessas, 24% estão sem poder prestar o serviço por algum problema em decorrência de ação criminosa. O Correios investiu mais de R$ 10 milhões em segurança apenas no RN. Ainda não sabemos a solução, mas essa iniciativa é válida e a ideia de união entre os poderes e os entes é o que a gente precisa”, disse.

De acordo com informações apresentadas pelo coordenador do Sindicato dos Bancários, Gilberto Monteiro, algumas cidades estão com as agências bancárias fechadas há mais de 10 meses, como é o caso de Pedro Avelino e Afonso Bezerra. Já as cidades de Acari, Lajes, Florânia, São Paulo do Potengi, Caraúbas e Touros as agências estão fechadas entre três à cinco meses.