Deputados do RN que votaram pelo arquivamento da primeira denúncia contra Temer são investigados no STF por suspeita de corrupção
A votação da bancada federal do Rio Grande do Norte no processo envolvendo a segunda denúncia contra Michel Temer, marcada para quarta-feira (25), deve repetir o placar de agosto, quando mais da metade dos deputados potiguares ajudou a barrar a investigação contra o presidente. Dessa vez, Temer é acusado pela procuradoria geral da República de chefiar uma quadrilha batizada de “PMDB da Câmara”. O grupo teria arrecadado pelo menos R$ 587 milhões em propinas, especialmente na Caixa Econômica Federal, Furnas, Ministério das Cidades e Petrobras.
A quadrilha liderada por Temer, segundo a denúncia assinada pelo ex-procurador Rodrigo Janot, contava com Eduardo Cunha (preso), Henrique Eduardo Alves (preso), Geddel Vieira Lima (preso), Rodrigo Rocha Loures (preso), além dos atuais ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.
Do Rio Grande do Norte, Michel Temer deve ter os mesmos 5 votos que o ajudaram a se livrar da primeira denúncia: Beto Rosado (PP), Fábio Faria (PSD), Felipe Maia (DEM), Rogério Marinho (PSDB) e Walter Alves (PMDB). À exceção de Beto Rosado, que exerce seu primeiro mandato, os demais parlamentares respondem juntos a oito inquéritos por suspeita de corrupção. Só Rogério Marinho, relator da reforma trabalhista, soma cinco inquéritos e é investigado por corrupção, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária, peculato e falsidade ideológica. Felipe Maia, Fábio Faria e Walter Alves foram acusados de receber doações de campanha via caixa 2 por delatores da construtora Oderbrecht, nas investigações da operação Lava-jato.
Antônio Jácome (Podemos), Rafael Motta (PSB) e Zenaide Maia (PR) já se manifestaram pela abertura do processo de investigação contra o presidente e também seguem a mesma posição tomada na votação da primeira denúncia, em 2 de agosto.
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