MPF vê ataque à democracia em ato em frente ao Exército
O MPF (Ministério Público Federal) vê ataque à democracia durante as manifestações em frente ao quartel-general do Exército em Brasília e pede que sejam tomadas providências imediatas. No ofício, encaminhado ontem às autoridades, a entidade diz ver possível crime por “incitar a animosidade das Forças Armadas contra os poderes constitucionais.”
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O que diz o ofício. O documento assinado pelas procuradoras Luciana Loureiro e Márcia Zollinger diz que as manifestações “têm nítido propósito de desestabilizar as instituições democráticas, impugnando o resultado do processo eleitoral.” Ainda de acordo com o ofício, há “potencial risco de desencadear crise nas estruturas do Estado Democrático de Direito.”
O texto foi encaminhado ao Ministério da Defesa, ao Comando do Exército, à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e ao Detran (Departamento de Trânsito).
O movimento em frente aos quartéis é considerado de caráter golpista por questionar uma eleição legítima. Desde a implantação das urnas eletrônicas, em 1996, nunca houve comprovação de fraude ou adulteração do resultado. O Ministério da Defesa divulgou um relatório informando não ter não ter encontrado fraude nas urnas eletrônicas. Lula teve 50,90% dos votos e Bolsonaro, 49,10%.