Na última semana, após polêmica envolvendo o atendimento na UPA de Macaíba, a prefeitura emitiu uma nota de esclarecimento sobre os motivos pelos quais as pessoas com classificação azul e verde estavam voltando para casa sem atendimento médico. Segundo a nota, o aumento de pessoas que procuram à UPA de Macaíba é ocasionado por dois motivos: (1) pouca quantidade de UPAs em funcionamento no RN; (2) e a falta de estrutura e médicos em algumas cidades vizinhas.

 De acordo com a nota, a direção da UPA optou por preservar os pacientes nos casos de urgência e emergência, ou seja, com classificação de risco amarela e vermelha. Já os pacientes que recebem classificação azul ou verde serão encaminhados para o posto de saúde mais próximo de sua residência, com encaminhamento para consulta, uma vez que os postos de saúde do município funcionam de segunda à sexta-feira.

O problema é que para conseguirem atendimentos nos postos de saúde, as pessoas precisam madrugar para pegar ficha, porque o número de fichas nos postos de saúde é muito limitado. Além disso, têm comunidades em que o médico só aparece de quinze em quinze dias. Nesse caso, se a pessoa for à UPA e receber classificação azul ou verde vai esperar mais quinze dias por um atendimento médico?

Outra coisa que não foi dito na nota é que os postos de saúde funcionam de segunda à sexta-feira, mas na sexta-feira o expediente encerra ao meio-dia. Já nos postos de saúde da zona rural, os médicos começam a atender por volta das 9h e ficam até às 11h30. Durante à tarde, o atendimento começa de 13h30, mas, por volta das 15h, os médicos já estão encerrando o atendimento, porque o carro da secretária de saúde já está esperando em frente ao posto.

Na nota em comento, ao dizer apenas que os postos de saúde funcionam de segunda à sexta, a Prefeitura de Macaíba ignorou, por completo, as precárias condições de atendimento em diversos postos de saúde do município, que, talvez, sejam a verdadeira explicação para a superlotação na UPA.

Abaixo, confira o desabafo feito por alguns macaibenses no Facebook: