O empresário e presidente do Sindicato do Comércio de Macaíba, Luiz Antônio Lacerda, falou ao Agora Jornal sobre suas impressões acerca do desenvolvimento da região metropolitana de Natal e do município de Macaíba. Para ele, o que falta para melhoria da situação é empregos, indústrias e obras de infraestrutura.

“Para desenvolver é preciso ter mais emprego e mais indústria. Paralelo a isso, é preciso trabalhar a qualificação profissional, principalmente curso técnico, porque se surgir uma oportunidade de emprego, mas não tiver gente qualificada, as indústrias terminam indo buscar em outros estados, outros centros mais desenvolvidos e a gente fica no prejuízo”, afirmou Lacerda.

Lacerda considera que a crise também é responsável pelo lento desenvolvimento dos últimos anos, mas acrescenta que ela trouxe uma importante lição: “todo mundo aprendeu a economizar”.

Levando em conta que a crise econômica aumentou nos últimos anos, o empresário diz que a diminuição da vinda de dinheiro do governo federal para os municípios levou os municípios a “fazer muito com pouco”. Para ele, o investimento de hoje é feito “na medida do possível”.

Porém, Luiz Antônio ressalta a sútil melhora que já vem sendo percebida e espera que no segundo semestre as questões andem de maneira positiva, apesar de gradativa. “A perspectiva na nossa região é que se invista mais, que as indústrias produzam mais, que o comércio venda mais e continue empregando as pessoas”, afirmou.

Apesar do clima de otimismo, Lacerda alerta para a lentidão desse desenvolvimento. “Sabemos que não vai ser tão rápido, vai demorar para recuperar. Mas caiu 10%, 15%, então qualquer 2%, 5% positivos já será um ótimo ganho, vai animar quem tem projetos parados, porque quando há um sinal, mesmo pequeno, de crescimento, já aumenta a autoestima do empreendedor”, conta.

Projetos de infraestrutura também são importantes nesse processo, segundo o empresário. “Em Macaíba, por exemplo, tem várias obras em andamento, como a duplicação da Reta Tabajara, o que vai melhorar bastante a situação”, afirmou.

“As pessoas às vezes não moram na região metropolitana pela dificuldade do trânsito na hora de entrar em Natal. Se tiver um acesso bom, muitas pessoas podem até morar fora do centro da cidade, à exemplo das grandes cidades do Brasil. O problema não é morar distante, é morar num local que não tenha um acesso rápido. Às vezes você mora vizinho ao seu emprego, mas gasta uma hora para chegar por causa do trânsito. E às vezes você mora há 50 km de distância, mas tem os acessos rápidos para chegar ao trabalho”, ressaltou Luiz Antônio.

Agora RN